Nesta secção apresentamos as respostas a algumas das perguntas que nos foram colocadas.
As campanhas de comunicação do ISEG no mandato que decorre têm vários problemas de imagem junto do público e eficácia duvidosa. Como responde o Prof. João Duque a esta crítica?
João Duque: O ISEG foi caso de estudo nas aulas de Publicidade e Comunicação (PC) em outras escolas de topo, pelos bons motivos, sendo apontada como um dos casos de sucesso de campanhas em instituições afins. A nossa Escola passou a ser uma das instituições na lista de nomeações dos prémios Eficácia, tem sido nomeada consecutivamente nos últimos três anos para os prémios Marketeer e, no ano passado, ganhámos este prémio na categoria de melhor campanha de Marketing de instituições de ensino superior onde concorriam os nossos principais concorrentes. A maioria das críticas são feitas na base do gosto pessoal e não por especialistas de PC, mas é a estes últimos que dou especial atenção. Por último, as empresas que agora nos apoiam – primeiro a Ogilvy e agora a FUEL - são líderes na área da PC. É uma área de grande particularidade dentro do Marketing, para a qual não dispomos de recursos internos qualificados. Trabalhamos ainda com a agência de Meios e com uma agência de Comunicação.
Não tem o ISEG perdido atratividade para os estudantes de licenciatura face a outras escolas, como seja a Universidade Nova de Lisboa?
Não. Se medirmos essa atratividade pelo preenchimento total das vagas, esse deixou de ser um problema relevante para o ISEG de há bastantes anos para cá. Quanto à nota do último colocado na primeira fase nos cursos de Economia e Gestão, a figura abaixo demonstra que para ambos os cursos o rácio entre as notas de entrada do último colocado na primeira fase no ISEG e na UNL tem, em geral, aumentado ao longo do tempo. Isto verificou-se mesmo durante os mandatos dos meus antecessores.
E não existe degradação da empregabilidade dos graduados pelo ISEG?
Não. Os dados disponibilizados pelo ministério da tutela mostram que as áreas de formação do ISEG têm uma empregabilidade superior à maioria e o ISEG em particular compara muito bem com as principais escolas, com uma percentagem de inscritos nos centros de emprego nos diplomados de cerca de 2% a 6%. Os dados mais recentes recolhidos pelos serviços do ISEG também vão no mesmo sentido, mas não são comparáveis com os da concorrência.
(Ao Prof. João Duque) Se hoje fosse estudante escolheria o ISEG para tirar o seu curso?
Sim, sem dúvida alguma. O ISEG é hoje uma escola que dispõe de recursos docentes altamente qualificados e empenhados, tanto científica como pedagogicamente, onde os alunos são expostos às diferentes correntes de pensamento e preparados a pensar por si, bem como a trabalhar em equipa. A minha própria filha completou um dos ciclos da sua formação superior no ISEG.
(Ao Prof. João Duque) O ISEG tem gerado excedentes financeiros sistemáticos ao longo do último mandato. Não deveria a presidência em exercício ter transferido parte desses resultados para o IDEFE?
A transferência de resultados de uma instituição pública para uma privada é ilegal. Acresce que, historicamente, tem havido um equilíbrio entre as duas instituições, sendo os pagamentos correspondentes aos fornecimentos e serviços externos feitos de acordo com os preços e as regras adequadas.
(Ao Prof. João Duque) Como pensa usar este saldo se for reeleito presidente?
Já hoje os saldos acumulados podem ser e têm sido usados para fazer face a despesa, nomeadamente o pagamento da CGA, libertando-se assim receita corrente para a afectar a outra e acrescida despesa.
Caso seja reeleito pretendo, com a devida autorização da tutela, utilizar os excedentes acumulados para realizar os investimentos em curso e lançar novos projetos, bem como poder finalmente proceder a promoções e recrutamento de pessoal docente e não docente mais jovem de que a Escola tanto necessita.
Parece-me que o problema da existência de excedentes financeiros será muitíssimo menos grave do que os problemas de défices crónicos e escassez de receitas próprias que encontrei quando tomei posse.
(ao Prof. João Duque) Porque razão e com base em que critérios, apresenta o Prof. Miguel St. Aubyn para liderar o Conselho Científico, caso venha a ser eleito?
João Duque: O Prof. Miguel St. Aubyn tem um vasto currículo de publicações em revistas internacionais da área da Economia, bem como um profundo conhecimento das melhores práticas internacionais na área. Liderou, já por duas ocasiões, o nosso centro de investigação UECE, tendo conduzido o processo de avaliação externa da unidade com sucesso. Para além disso, tem liderado e participado em diversos projetos individuais de investigação financiados pela FCT num ambiente altamente competitivo. A sua produção científica regular faz com que cumpra sempre os critérios de elegibilidade que qualquer um dos centros de investigação do ISEG impõe aos seus membros para os considerar elegíveis para a avaliação pela FCT.
Não menos importante que o Currículo Científico, é de realçar as qualidades humanas e o reconhecimento generalizado de que o Prof. Miguel St. Aubyn goza nas várias áreas científicas da escola.