O ensino e os estudantes do ISEG
Somos uma escola de qualidade, exigente e atualizada. Assim queremos continuar a ser e assim queremos que nos (re)conheçam. Tornámo-nos uma escola pública de referência no segundo ciclo em Economia e Gestão. Em 2013, pela primeira vez, os diplomas entregues de segundo ciclo, 387, superaram os de licenciatura, 385. Se é certo que procuraremos ter entre nós os melhores e mais bem preparados à partida, também não enjeitamos a responsabilidade de fazer da nossa uma escola de inclusão, para todos, em que extraímos de cada um o melhor que tem para dar. Os nossos estudantes serão sempre os nossos melhores embaixadores, e a opinião deles, presente e futura, conta para nós. Para que a relação com os estudantes seja profícua e transparente, pretendemos envolver a Associação de estudantes, AEISEG, parceiro indispensável à dinamização da Escola. O nosso objetivo é que os estudantes nos escolham, e que gostem de nos ter escolhido e de assim fazerem parte da nossa comunidade.
- Quanto à oferta letiva a nível de primeiro e segundo ciclo, consideramos que há espaço para implementação de melhorias a diversos níveis. Reconhecemos, contudo, o enorme esforço que tem sido exigido a todos nos últimos anos, em resposta ao acréscimo significativo de estudantes de segundo ciclo, tendo a escola tido pouca margem de manobra na sua gestão orçamental. Propomo-nos:
- Valorizar e dinamizar o papel dos coordenadores de licenciatura, reforçando a ligação entre o coordenador e os presidentes dos departamentos, assim como entre o coordenador e os responsáveis das unidades curriculares.
- Promover a atualização das licenciaturas do ISEG com regularidade, avaliando a necessidade de algum ajustamento nos planos de estudos, nos conteúdos das unidades letivas e na sua coerência e compatibilização, bem como nas horas de contacto, quer sejam teóricas, práticas ou teórico-práticas.
- Coordenar devidamente a oferta dos programas de segundo ciclo, minimizando eventuais redundâncias, potenciando sinergias e promovendo a sua internacionalização. A oferta formativa do ISEG deverá ter em conta a efetiva disponibilidade letiva do seu corpo docente. Os planos curriculares e a lógica dos trabalhos finais deverão ser, igualmente, no caso dos Mestrados, revistos com regularidade.
- Apostar na existência de mestrados de excelência, inseridos em redes internacionais e, de uma forma geral, numa formação de segundo ciclo de elevada qualidade científica e de rigor na avaliação dos alunos.
- Acompanhar com interesse o debate que ocorre em vários países, aparentemente com pouco eco em Portugal, sobre o ensino das ciências económicas e de gestão no “pós”-crise financeira. Rever a oferta de unidades curriculares optativas de forma a seguir as novas tendências do pensamento económico e de gestão.
- Rever a política de equivalências concedidas aos estudantes no âmbito do programa ERASMUS, eliminando alguma excessiva rigidez.
- Não descurando a oferta letiva em língua portuguesa, prosseguir com o ensino em inglês nas licenciaturas e nos mestrados e também com os cursos de línguas estrangeiras, procurando aqui a colaboração intrauniversitária. À semelhança do que acontece com a língua portuguesa, é importante que os nossos graduados estejam habilitados a utilizar a língua inglesa de forma segura na sua vida profissional. O ISEG deverá ser pró-ativo nesta matéria, garantindo aos seus estudantes o domínio confortável desta língua em ambiente profissional.
- Implementar alterações no funcionamento administrativo dos mestrados, em particular naqueles que são lecionados em língua inglesa, no sentido de melhor servir os alunos desses cursos (ao nível das candidaturas, de acolhimento e sessões de indução, e de apoio logístico).
- Dar particular atenção ao MBA, importante para o ISEG no seu conjunto, devendo potenciar-se ainda mais o seu papel, valorizando o bom trabalho desenvolvido nos últimos anos, que se traduziu no reconhecimento internacional através do reforço da acreditação AMBA. Uma das mais-valias do ISEG é o seu carácter multidisciplinar, bem expresso na sua força de investigação em várias áreas, ao contrário de outras escolas, o que pode ser aproveitado para diferenciar positivamente o MBA e outros mestrados e cursos de pós-graduação. Aproveitar a experiência adquirida com a recente introdução de tecnologia inovadora e atual ao nível pedagógico na lecionação do MBA, de forma a expandi-la a outros programas.
- Desenvolver novas soluções informáticas para facilitar o apoio administrativo aos alunos e docentes. Por exemplo, o calendário das aulas poderá vir a ser incluído no Outlook ou Google calendar dos alunos/docentes permitindo atualizar automaticamente o calendário das aulas e salas.
- Dinamizar o serviço de gestão de carreiras para cada um dos ciclos (principalmente no MBA e no segundo ciclo de estudos), acompanhando passo a passo os nossos graduados a partir do momento em que requerem os seus diplomas. Ser antigo aluno não é uma escolha, mas sim um facto, e o ISEG tem de estar preparado para acompanhar as carreiras dos seus ex-alunos quando deixam de estar listados no “Aquila”.
- Implementar nos vários ciclos de estudo, e de modo integrado com o Aquila, um sistema de deteção de plágio nos trabalhos académicos, continuando a reforçar junto dos docentes, investigadores e estudantes a defesa dos princípios éticos e salvaguarda do valor da integridade académica, através da pedagogia da rigorosa proteção da propriedade intelectual dos trabalhos académicos e profissionais.
- No que diz respeito à formação de terceiro ciclo, há que fazer um esforço realista de atração de estudantes de elevado potencial e em regime de tempo integral. Propomo-nos:
- Promover a coordenação estratégica dos programas doutorais tendo em conta nomeadamente as novas realidades de financiamento por parte da FCT. Deverão ser seriamente equacionadas parcerias com outras faculdades nos programas de terceiro ciclo. Os planos curriculares deverão ser, igualmente, revistos com regularidade, de forma a permitir aos estudantes uma efetiva aquisição de conhecimentos e métodos de investigação essenciais à execução das suas teses.
- Rever a política de isenção de propinas/bolsa para os melhores candidatos ao programa doutoral, em particular face à reduzida probabilidade de sucesso junto da FCT nesta matéria. Quando possível, atribuir um número (não excessivo) de horas letivas a alunos de doutoramento como fonte de rendimento e experiência.
- No importante tema das acreditações e certificações, pretendemos levar a bom porto os processos que estão em curso e cumprir com os requisitos daqueles que são já hoje um sucesso do ISEG, como sejam AMBA (MBA), RICS (Mestrado em Gestão e Avaliação Imobiliária), o Exemption Recognition Agreement do Institute & Faculty of Actuaries (Master in Actuarial Science) ou a certificação global à luz da norma ISO 9001. Propomo-nos:
- Continuar os processos de acreditação nacional (A3ES) e internacional (AACSB em primeira instância), eventualmente com ajuda externa especializada contratada para esse objetivo, em consonância com a sensibilidade dos mentores oficialmente designados para o ISEG. Tudo faremos para cumprir o caderno de encargos da AACSB, na sequência da recente passagem à fase 2 do processo de acreditação. Cumprir com os requisitos da AACSB será exigente em todas as áreas, inclusivé no domínio do ensino-aprendizagem, sendo especialmente crítica a questão da admissão e da retenção de estudantes. A acreditação EQUIS tem uma natureza diferente da AACSB. O processo exigirá maior reflexão e networking, sendo de mais fácil abordagem quando se completar o processo da AACSB.
- Melhorar o mecanismo de preparação da documentação de autoavaliação dos ciclos de estudos no âmbito da A3ES, em consequência da aprendizagem adquirida nos processos em curso. Desenvolver um apoio administrativo qualificado e dedicado à revisão dos relatórios de acreditação (A3ES, AMBA...) e demais procedimentos (tradução dos textos, contacto com os diversos intervenientes).
- Manter ativos os processos de autoavaliação e melhoria do sistema de controlo interno e qualidade para garantir a manutenção da credenciação à luz da norma ISO 9001, alargando-a posteriormente aos serviços do IDEFE.
- Dar particular atenção aos rankings internacionais que já nos classificam (Eduniversal) ou a que aspiramos aceder, de modo a melhorar o posicionamento relativo do ISEG de entre o conjunto das outras escolas de gestão e economia europeias.
- No que concerne mais diretamente aos aspectos pedagógicos devemos reforçar a sua importância, valorizando-os, e aliando-os ao combate ao insucesso escolar. Propomo-nos:
- Monitorizar o (in)sucesso escolar, prevenindo devidamente as elevadas taxas de reprovação, mantendo e desenvolvendo a importância dos inquéritos pedagógicos, e assegurando as melhores condições técnicas e materiais para que as aulas sejam excelentes (incluindo os bons quadros e os melhores marcadores, a par de tecnologia atual). O absentismo e a aparente passividade de alguns estudantes são nossos inimigos. Numa escola que se pretende de inclusão, todos têm o seu lugar e todos têm de ser mobilizados.
- Atualizar e ajustar os inquéritos pedagógicos tendo em atenção as especificidades de cada ciclo de estudos e programa, quando tal se justifique.
- Valorizar e dinamizar o papel das comissões pedagógicas criadas no âmbito do Conselho Pedagógico.
- Continuar a valorizar o desempenho pedagógico dos docentes que vejam o seu trabalho reconhecido pelos alunos, nomeadamente premiando os melhores docentes de acordo com os valores apurados pelos inquéritos pedagógicos (tal como já se iniciou recentemente nas Sessões Solenes de Abertura do Ano Letivo), passando a reconhecer-se e a distinguir-se um docente de cada programa escolhido pelos novos graduados.
- Relativamente às condições de estudo e acolhimento aos estudantes, propomo-nos:
- Aumentar as áreas de estudo de utilização livre pelos estudantes, especialmente ao nível do piso zero das Francesinhas.
- Manter a política de abertura de instalações 24/24 horas em períodos de avaliações.
- Permitir que diferentes ciclos de estudo tenham acesso a diferentes áreas de estudo.
- Continuar um diálogo frutuoso no sentido de promover um clima respeitador e controlado de festejos e acolhimento dos jovens estudantes, para a sua adequada integração.
- Manter as ISEGuíadas como uma forma salutar de desenvolver um são espírito competitivo entre os estudantes do ISEG com incentivo ao estudo, à prática desportiva e ao esforço coletivo.
- Incentivar a maior utilização de infraestruturas desportivas da Universidade de Lisboa, como o Estádio Universitário.
- Dar corpo à ISEG-TV, em colaboração com a Associação dos Estudantes. Com um pequeno orçamento e com escassos meios técnicos é hoje possível criar e divulgar conteúdos que podem fazer da ISEG-TV uma excelente ferramenta de divulgação de conteúdos científicos ou de intervenção social onde os nossos estudantes ou docentes tenham uma posição a marcar e a divulgar.
- Apoiar a Tuna Económicas na celebração do seu 20º aniversário, continuando a política de aquisição do CD que está em preparação para ser editado e divulgado em 2014, o qual foi já fruto de um trabalho impulsionado pela atual presidência.
- Em relação à admissão de estudantes e ao objetivo de atrair também os melhores à partida, julgamos ser oportuno reforçar o esforço que já é realizado atualmente pela Fundação Económicas na atribuição de bolsas aos estudantes com melhor currículo académico. Propomo-nos:
- Estabelecer anualmente uma dotação orçamental para atribuir bolsas de mérito aos melhores alunos (média igual ou superior a 16.0 valores) que escolham o ISEG e que mantenham essa média ao longo da licenciatura. Fazer ampla divulgação desta iniciativa (nas sessões de divulgação nas escolas secundárias, no site do ISEG, no seu facebook e nos media).
- Continuar a desenvolver o "Programa Escolas" junto das instituições de ensino secundário públicas e privadas para apresentação do projeto formativo do ISEG, dos seus curricula e corpo docente, quer através das deslocações do ISEG às escolas quer através do convite às escolas para visitas ao ISEG.
- Continuar a política de apresentação de cursos de mestrado e de participação em feiras nacionais e estrangeiras de apresentação dos nossos cursos e da nossa escola.
- Continuar de forma mais intensa o programa de ações de promoção e divulgação com os responsáveis das áreas científicas de economia e afins das escolas do ensino secundário, ou dos responsáveis nas mesmas pelo aconselhamento e orientação profissional junto dos estudantes do ensino secundário.
- Na diferenciação entre escolas são hoje críticas as ações respeitantes às saídas profissionais. Elas são importantes para a maioria dos cursos/ciclos do ISEG: licenciatura, mestrado, pós-graduações, MBA e doutoramento. Temos clara consciência de que as entidades alvo e as atividades profissionais alvo são diferentes para cada um dos cursos/ciclos de estudo. Assim, propomo-nos continuar a desenvolver esta importante área de atividade do ISEG (e do IDEFE), nomeadamente através de:
- Continuação das ações de contacto com as empresas recrutadoras e de seleção de recursos humanos, quer com as que já promoveram estágios e colocaram os nossos alunos, quer com novas empresas que o poderão vir a fazer. Estas ações deverão ser desenvolvidas de forma seletiva.
- Continuação do desenvolvimento dos Livros de Curso em versão digital e vídeo para distribuição do perfil curricular dos nossos alunos finalistas, aumentando assim a sua exposição e salientando de modo profissional as suas caraterísticas relevantes para os recrutadores.
- Continuação da política de contratação de módulos de formação que possibilitem aos nossos alunos melhorarem a sua apresentação ao mercado de trabalho (melhoria da elaboração do cv, da apresentação pessoal, da preparação para entrevistas de recrutamento, etc.).
- Apoio aos alunos do 3º ciclo ao job marketing, na sua candidatura a instituições de ensino superior ou a departamentos de investigação de outras entidades.
- Iniciação de um programa de ações de promoção junto dos responsáveis pelo recrutamento e seleção das grandes empresas empregadoras nacionais, e também junto de empresas recrutadoras nacionais e internacionais.